Juliana pára o carro em frente ao condomínio do Gay Incomum.
Juliana - Entregue!
Gay Incomum - É! Até que foi divertido lá, né?... Boa noite!
Juliana - Não quer mesmo terminar a nossa conversa, né?
Gay Incomum - Não terminamos ainda?
Juliana - Ah, tudo bem. Se você vai ficar fugindo do assunto, eu prefiro ir embora mesmo.
Gay Incomum - Eu não tô fugindo do assunto.
Juliana - Tá, e você sabe disso. Eu só quero que você olhe no meu olho e diga que quer somente a minha amizade. Aí, eu esqueço que pensei alguma vez que a gente podia ter algo.
Gay Incomum a olha inseguro, sem querer magoá-la e sem coragem de ser sincero.
Gay Incomum - Ah, Juliana!... Eu gosto de estar com você, sim. Gosto mesmo! Acho que nunca gostei tanto de ficar na companhia de uma garota assim. Me sinto bem. Mas num sei se isso é maior que a amizade. Aliás, nem sei se isso é mais que amizade. ... O que foi?
Juliana - É que eu acho que é a primeira vez que você é direto comigo em algum assunto. E isso é um bom começo. Eu sei que você tem seus medos, suas dúvidas, mas em mim você pode confiar. Nós podemos passar por isso juntos.
Ela se aproxima dele aos poucos e o beija. Gay Incomum abre o olho e olha confuso.
Juliana - Não quer me convidar pra subir?
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Luz apagada no quarto do Gay Incomum. Juliana e ele se beijam. Ela o beija ardentemente no pescoço, no rosto, na orelha... Gay Incomum olha tenso e a beija no pescoço também.
Juliana - Tá nervoso? Relaxe! Esqueça os problemas, as preocupações... Se entregue.
Juliana começa a levantar a camisa dele e em seguida, tira. Nervoso, Gay Incomum passa a mão por dentro da blusa dela, e ela mesma tira a blusa e o sutiã. Ele olha estático para os seios dela.
Juliana - (o beijando) Pega!
Gay Incomum passa as mãos nos seios dela, enquanto ela pega no botão da calça dele. Ele se afasta um pouco. Ela abre o botão, desce o zíper, tira a calça dele e em seguida, tira a sua saia. Ela o abraça novamente o beijando e o sugando, e passa a mão na cueca dele. Gay Incomum se afasta rapidamente. Ela o olha e senta na cama.
Juliana - Vem aqui!
Gay Incomum vai até a cama e senta. Ela o beija e deita com ele na cama, passando a mão na cueca dele.
Gay Incomum – Não... Tenho vergonha!
Juliana - Vergonha de quê? Você tem é muito grilo na cabeça. Sexo é uma coisa tão natural. Deixa eu tirar sua cueca.
Gay Incomum olha perturbado. Ela se adianta, fica por cima dele e tira a cueca. Ele vira o rosto aflito.
Juliana - Quer que eu faça alguma coisa pra te animar?
Gay Incomum - Ah... num sei...
Juliana começa a se enroscar nele.
Gay Incomum - Não, Juliana! Juliana!
Ele senta na cama se encobrindo com o travesseiro.
Gay Incomum - Não tá funcionando.
Juliana - É porque você não tá relaxado. Deixa eu te relaxar. Vem!
Juliana o abraça, roça seu corpo no dele, passa a mão pelo corpo dele, faz ele passar a mão no dela... Até que ele se senta de novo na cama.
Gay Incomum - Não!
Juliana senta suspirando. Ela tenta se recompor e olha para ele.
Gay Incomum - Eu tô muito nervoso. Não tô conseguindo me concentrar. Nunca fiz também, aí...
Juliana - Não tem que se desculpar. Acontece. Ainda mais numa primeira vez... aos vinte e quatro. Eu é que vou ficar no fogo agora.
Gay Incomum - Mas você ainda pode dormir aqui.
Juliana - Não! Eu vou pra casa tomar um banho de água fria e dormir. Mas... eu posso te fazer uma pergunta? Você jura que não vai ficar chateado comigo?
Gay Incomum - (tenso) Claro!
Juliana - Você é gay? Seja sincero.
Gay Incomum - (nervoso) Não!
Juliana - Não?
Gay Incomum - (inseguro) Não!
Juliana - Tudo bem! Eu vou me trocar pra sair.
Ela se levanta e começa a pegar suas roupas. Gay Incomum a olha perturbado.
Juliana - Não tá chateado comigo, né?
Gay Incomum - (sorri forçado) Não!
Ela se veste e o olha.
Juliana - Tô indo! Tchau! (o beija e sai)
Gay Incomum - Tchau!
Gay Incomum fica imóvel na cama, escuta a porta bater, olha para a janela e se aproxima. Através da janela, ele vê Juliana indo até o carro e saindo. Em seguida, ele olha para dentro, se aproxima da cama, senta, põe as mãos no rosto e deixa as lágrimas banhá-lo.